O Papel da Terapia para Autoestima
A terapia tem um papel fundamental para quem deseja melhorar sua autoestima, isso porque tem como função ajudar quem está com dificuldades de cuidar de si mesmo. Nesse sentido, ajuda a descobrir e explorar seu próprio ser interior, fortalecendo a relação consigo e com quem está a sua volta. Questões como auto aceitação, reconhecimento, sabedoria, inteligência, são alguns dos aspectos trabalhados durante as sessões.
Oportunidade de se expressar
É durante o processo terapêutico que, muitas vezes, uma pessoa consegue expressar pela primeira vez seus pensamentos, sentimentos e emoções com liberdade. Sentimentos esses que não foram exteriorizados e passam a ter a oportunidade de serem demonstrados, o que abre espaço para o alívio de uma carga emocional que muito provavelmente estava carregando sozinho. E, à medida que esse sentimento de liberdade vai acontecendo, uma maior percepção de si e da realidade a sua volta tende a acontecer, gerando amadurecimento da autoestima.
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Apoio sem Julgamentos
Sentir-se acolhido e apoiado faz toda diferença na vida de qualquer ser humano! Quando podemos falar de nós mesmos com aceitação, de forma positiva e compreensiva, temos a oportunidade de reconhecer nosso próprio nível de autoestima. Com o tempo, o reconhecimento do próprio potencial e capacidade de realização vão se desenvolvendo naturalmente. Por isso, o apoio sem julgamentos que o terapeuta faz é fundamental para que esse processo aconteça.
Críticas e Cobranças sobre Si
As críticas e cobranças sobre si mesmo são bem comuns para quem tem a autoestima diminuída. No entanto, é um comportamento prejudicial e destrutivo que reflete em todas as áreas da vida e na maneira como a pessoa conduz cada desafio que surge. Neste caso, o desenvolvimento da autoavaliação é feito com o objetivo de perceber a realidade sobre si de forma a reduzir a parte negativa do julgamento pessoal estabelecido com as autocríticas e autocobranças.
Em Busca da Meta de Vida
As metas e objetivos que queremos alcançar são dificultados por questões da baixa autoestima com grande frequência. Dessa maneira, mágoas e traumas devem ser olhados de forma atenciosa com o intuito de recuperar e desenvolver a autoconfiança e autorrespeito, para que assim, a coragem seja retomada e a pessoa tenha condições e segurança para se sentir mais realizada com suas metas de vida.
Exemplos Práticos
É esperado que durante o processo terapêutico a pessoa passe a compreender situações que não eram percebidas até então. Por exemplo, perceber estar em um relacionamento abusivo que até então não tinha notado. De fato, chegar a essa percepção não é simples e pode demorar anos ou até mesmo décadas quando se está sozinho. Já vi vários relatos de pessoas que só após 10, 20 ou até mesmo 30 anos perceberam estar em um relacionamento abusivo. Já quem está em terapia passa por estímulos contínuos através dos questionamentos e pontuações feitos pelo terapeuta que facilitam e podem diminuir o tempo para que a percepção aconteça e, assim, possibilitar restaurar mais rapidamente seu autorrespeito.
Vamos ver um outro exemplo, mas agora de um jovem que se sente mal e questiona-se de suas reais capacidades por frequentes exigências de desempenho e críticas de seus pais. À medida que as sessões de terapia avançam passa a perceber que, assim como todo ser humano, seus pais também tem imperfeições, falibilidade e questões emocionais não resolvidas. Assim, a percepção dessa realidade antes não vista, permite entender que, mesmo tendo a melhor das intenções com o filho, não necessariamente está trazendo benefícios emocionais. A partir disso, o jovem passa a se sentir mais forte uma vez entendendo que as críticas sobre ele não se referem exatamente ao fato de ser incapaz, mas na tentativa de o fazer levar seu esforço ao máximo.
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A Terapia agindo nas Turbulências Emocionais
Casos como esses, que acarretam em uma turbulência emocional, podem receber a colaboração do terapeuta para a identificação da causa da perturbação emocional. Sobretudo é a oportunidade de reavaliar sua autoconfiança, autorrespeito de maneira que a pessoa se sinta mais empoderada e apta a assumir novamente o controle da situação.
São nesses mesmos cenários que a terapia promove uma reflexão a fim de facilitar a própria perspectiva vivida, de forma que possa notar as diversas situações sob um olhar mais realista e menos autopunitivo, bem como a se questionar de situações que podem trazer mal estar.
Logo, desenvolver a autoestima é uma tarefa essencial para o desenvolvimento do bem estar e o sentimento de realização, já que nem todas as coisas são conscientes para nós mesmos. Muitas delas sequer são perceptíveis ou mesmo acessíveis à consciência, o que torna uma tarefa dificilmente alcançada sem ajuda da terapia.
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Resumindo...
De forma geral, a psicoterapia tem três objetivos básicos no tratamento da autoestima:
- Alívio do sofrimento
- Facilitação e melhoria de sua autopercepção
- Reestruturação da autoestima que tenha sido gravemente abalada
Além dos três objetivos diretos, a psicoterapia também cuida das questões indiretas que estão ligadas à baixa autoestima. Nessa parte do trabalho indireto, o acompanhamento psicoterapêutico vai se empenhar em reduzir o medo, as relações depressivas e sentimentos que trazem dor, culpa e mal estar. São igualmente trabalhados o incentivo a aprender novas habilidades, maneiras de pensar e olhar a vida, estratégias para lidar consigo mesmo e com os outros. Todas elas são formas de fortalecer e diminuir o lado negativo que normalmente ronda a baixa autoestima.
É importante observar que elevar a autoestima é mais que tentar eliminar os pontos negativos, aliviar sofrimento ou melhorar o bem estar. A terapia tem o papel, também indireto, de autoconhecimento que requer um nível mais profundo de entendimento da maneira como você funciona; incentiva a vontade de avançar com coragem para enfrentar conflitos vividos na sua história e estímulo ao desenvolvimento pessoal como forma de transformar vivências. É um verdadeiro empenho na busca de uma vida mais leve e gostosa de ser vivida!
